quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Queima De Estoque

Meus últimos sorrisos de felicidade acabaram; ficar com a cara carrancuda é a melhor coisa a se fazer. Ora, pra que mentir? Fingir estar bem e não estar. “Uhuh! Tudo ta ótimo!”
Medíocre? Sou sim e muito e devo parar com isso! E vejo a mediocridade nos outros também. Apenas formas e fôrmas, porém, nenhum conteúdo.
Como livros com capas plastificadas, ilustrações e folhas de papel marrom laminado, mas o livro conta uma historia sem pé nem cabeça, a capa chama atenção e é isso que importa, “Propaganda é a arma do negócio” dizia Humberto.
Não to mais com saco pra me propagandear, mostrar um pouco de sensibilidade que resta em um homem, coisas que segundo mulheres do mundo todo, todas procuram em um homem, e quando encontram?
Ficar calado, sem conversa de MSN, frases em status de Orkut... Nada!
Tenho fotos no meu celular de uma garota que convenhamos, não há de ser nada. E eu olho e olho, desejo...
Literatura moderna? Trovadorismo do século XXI? A mulher amada inalcançável e idealizada, cantigas de amor e blá-blá-blá...
To sem tempo pra coita amorosa. Não quero morrer de amores, nem com um sonho nem com alguém que for real, a borracha no passado é a arrogância do presente, e arrogância, diga-se de passagem, eu tenho de sobra.
E me diz pra quê sorrir? Se o sorriso encobre uma face que não é verdadeira, chorar também não, só olhar pro nada, é o nada e o lugar nenhum é o que importa agora.
Todos os sorrisos que tinha já foram distribuídos, não estão mais em venda nem em promoção, simplesmente acabaram, volte em outro dia, em outro semblante.
Se eu fosse super-superficial? Talvez o mundo me desse tudo que eu quisesse sem me esforçar muito. Falar besteiras, músculos que esmagam cérebro, cérebro de minhoca, não questionar nada e nem ninguém... A partir daí, meus sonhos se tornarão reais.
Tai, minha solução, vou deixar de me importar com o que sou por dentro, ninguém tem visão de raios-X, não me conhecem como de fato sou ao me ver passando por ai, “Nossa, olha aquele menino, como ele é gentil e poético, que gato!” totalmente nosense, e eu cá pensando em agradá-la sendo simplesmente “Eu”.
Como já disse: Totalmente Nosense!

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