sábado, 12 de dezembro de 2009

Ajudar


Na última sexta-feira (11/12), tive uma das lições mais importantes da minha vida que me fez perceber quem sou e como convivo com o mundo em volta de mim.
Tinha uns afazeres para realizar, tive que ir à Santa casa para pegar uns documentos de meu sobrinho pela manhã, então eu pensei em ir de lá da maternidade para o cursinho, já que tudo é no centro e tudo é perto, então fui, sai de casa arrumado pra ir à aula depois de tudo isso, peguei toda a documentação dele e decidi partir pro cursinho, e pensei de novo “Tudo é no centro e tudo é perto, é só seguir as placas”. Fui seguindo as placas, andando por ruas que eu não conheço a não ser de nome, comecei a andar e andar e quando percebi estava em um local que eu nem conhecia, só sabia que era centro, andei quase 20 minutos só querendo encontrar um caminho certo.
Depois de tanto tempo andando eu dobrei a esquina e adivinha o que eu avistei? A santa casa novamente!
Nossa, fiquei irritadíssimo comigo mesmo, “idiota, pateta, otário...”
Custava perguntar a alguém? Tantas pessoas na rua que conheciam o lugar e eu preferi seguir meu próprio senso de direção e fiquei sabendo que ele é péssimo e enganador, a minha vontade de fazer tudo só, me meteu nessa burrada, pensando que eu podia tudo sem precisar de ninguém.
Parei em frente a uma parada de ônibus, e perguntei a uma senhora que não tinha menos que 60 anos e ela me disse que pra eu chegar onde eu queria bastava eu pegar qualquer condução da linha vermelha, disse obrigado e esperei, e logo então veio o ônibus e quando subi eu perguntei ao motorista se ele passava perto do Impacto e ele disse que passava na frente, e depois de 6 minutos eu desci em frente à unidade que estudo, precisava tanto esforço?
Era só contar com os outros que chegaria logo em meu destino.
Ai então eu percebi algo muito valioso a partir da patetice que acontecera comigo. Tudo mundo precisa de todo mundo, precisamos ajudar uns aos outros e também a aprender a pedir ajuda, minha arrogância me fez seguir com as próprias pernas, eu andei e andei e quando vi tinha voltado ao meu ponto de partida, sem progresso nenhum, andei em círculos.
Precisamos sempre dos que das pessoas que estão perto de nós, e dos que estão longe também, ninguém consegue andar com as próprias pernas sem alguém que possa nos guiar, nos indicar uma direção. Se no mundo há quase Seis bilhões de habitantes e justamente pra isso, para aprendermos a conviver uns com os outros, independente das diferenças que temos, caso contrário, existiriam seis bilhões de mundos, cada um eles habitados por uma só pessoa.
Andei ao léu e praticamente me perdi em minha própria cidade, mas e daí? Se perder na própria cidade não é nada se na maioria das vezes nos perdemos em nós mesmos, às vezes o que dizemos e fazemos saem do nosso controle e ficarmos perdidos em meio aos nossos atos, em meio ao vão. Essa sem dúvida foi uma das melhores lições que vivi, a partir Dela, comecei a perceber o valor das pessoas em minha vida e o meu valor também desde estranhos que nos indicam ruas, até amigos que nos indicam um caminho para vida toda, de mãos dadas uns com os outros podemos construir um mundo melhor. Espero que quem esteja lendo esta postagem perceba também o quão valioso somos, dê a mão aos que precisarem e se precisar estenda a mão pra pedir ajuda.

(Paulo Paraense Corr
êa)

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