sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Decisões Erradas que dão Certo

A pior dor é a dor de amar. Lembro de uma menina que namorei, embora nunca tenha falado nela depois que terminamos, ela foi de fundamental importância pra mim.
Eu a chamava de Livinha (O primeiro nome dela era de origem polonesa e era complicado e o sobrenome era Oliveira e por isso Livinha). Nós nos conhecemos quando eu fui jogar um campeonato pela escola e ela tinha ido ver o jogo. Ela estava linda e eu estava todo fedorento e suado do Futsal. E quando o time da escola ganhou (Modéstia a parte, com um gol meu) a gente foi comemorar em uma lanchonete e ela foi por que o irmão dela jogava no time conosco. A gente sentou e conversou besteiras e besteiras. Ela estava linda mesmo, Branca com o cabelo encaracolado loiro meio castanho e olhos verdes. Sinceramente, eu nunca havia me imaginado namorando com aquela garota, ela estava concluindo o ensino na escola, estudava lá há cinco anos e nunca tinha tido nada com ninguém, nem beijado ninguém ali e achei que não seria agora que ela teria algo, logo com um Ala direita do time de futsal, um suado fedorento que nem atacante era.
A gente foi se aproximando muito em uns meses eu nunca havia tentado nada, até que teve um momento que ela pediu para que sentássemos e conversássemos, foi quando ela me disse que gostava de mim e muito. Nossa, eu fique bestificado no primeiro momento.
Porém, pensei melhor e vi que não gostava dela como ela de mim, a beleza dela era enorme, porém nunca me chamou atenção, olho as pessoas por dentro e não por fora. Mas precisava dela, ela nunca me abandou quando precisei, mas só sentia isso, esse afeto. Ela se entristeceu muito, vi que ela estava começando a sofrer e perder o sorriso que era sua marca. Nunca havia me sentido tão culpado, sofri por outras pessoas e sabia como era gostar de alguém e esse alguém não corresponder, dói sabe? A gente quer ter essa pessoa mesmo que ela não sinta nada por nós. Estava perdendo a companhia dela e não queria isso.
E tomei uma decisão que pensei que poderia ser uma das piores da minha vida, decidi namorar com ela, meus amigos disseram que eu estava louco, pois eu a faria sofrer ainda mais. “Tá doido, ela gosta de ti, mas tu não estás nem ai pra ela? Como tu vais namorar com alguém sem sentir nada?”
Foi loucura mesmo, mas fui adiante. Preferi tentar fazê-la feliz que com certeza fazê-la sofrer por mim, sou fraco de mais e não suportaria causar o sofrimento em alguém.
No entanto, o sentimento que ela tinha por mim era enorme e puro, ela foi fazendo com que eu me sentisse amado, amado mesmo e fui me envolvendo. Tinha medo quando ela dissesse que me amava, mas quando ela me disse eu pude responder que sentia o mesmo.
Ela me construiu como um amor, disse que sabia que quando comecei eu não sentia nada por ela, porém ela disse que mesmo assim me faria gostar dela com o mais puro amor do mundo e foi o que aconteceu, falou que um amor de verdade consegue tudo se a gente abrir a porta, pois temos que arriscar em tudo na vida por que ela é efêmera.
Os pais dela são engenheiros e tiveram que se mudar pra Oriximiná (aprendi em Geografia que é por causa dos “grandes projetos” e da bauxita), e ela foi junto.
Antes de ir, ela me desejou toda a sorte do mundo na vida e que pudesse amar alguém com todo amor que tenho no peito quando encontrasse tal alguém e me disse uma frase que eu nunca esqueci: “Não se encontra O grande amor, se constrói O grande amor”.
Hoje, rezo pra que essa história se repita em minha vida ao avesso com uma pessoa, pois aprendi que o um sentimento verdadeiro pode mudar qualquer percepção.

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