segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Me abrace...


Sinto o peso do mundo, tudo que me irrita volta a me atormentar. Já procurei saídas e não as encontro. Algo que me tirasse essa aflição que tanto me irrita, eu cansei de pedir demais, pedir mais do que necessito. Sei o que necessito agora, por mais que eu não consiga alcançar de imediato meus objetivos, eu sei do que preciso no momento.
O que eu quero não é milagre, não é algo que minha fé possa solucionar (eu acho). Não é fé, nem falta de fé, não é Deus, nem o Diabo e nem nada disso que vai me fazer sentir melhor agora, a não ser um abraço, mas não qualquer abraço, não de qualquer um,
um abraço dela, daqueles abraços fortes que a gente esquece o mundo, daqueles que transformamos abraço em abrigo, em refugio.
Mas só um abraço? Tão pouco assim? Podendo pedir um beijo, uma carta ou algo mais forte e significativo e peço um abraço?
Pra mim seria o bastante, esquecer do mundo pelo menos um segundo enquanto estou entre os braços dela; fazendo um pacto de silêncio sem abrir a boca pra dizer que te amo, que te quero... Nada, apenas um abraço.
Iremos nos perder um do outro, isso é profético, previsível, então antes disso, queria apenas esses braços. Lutei pra ter muito mais que isso e não consegui, se for pra ir embora condicionado a não olhar pra trás, eu irei. Sem pestanejar eu irei, mas gostaria de ir levando pelo menos isso, um resquício de afeto.
Que diferença vai fazer pra ela? Ela não vai ganhar e nem perder nada com isso, mas eu irei sonhar e realizar em um minuto passageiro. O mais importante que eu tinha pra dizer eu já disse, as outras coisas que tenho pra dizer são triviais e não farão diferença alguma. Aceito e pronto, sem perguntas e sem respostas.
Não sei o que se passa em seu coração, mas sei que não passo por lá, nem passeio por lá pelo menos pra dizer: “Ei, eu gosto de ti, então me nota aqui, pelo amor de Deus!”.
Não quero procurar entender o coração e nem explicar o amor, é mais fácil eu dar aula de cálculos e química (meus inimigos acadêmicos) do que entender tal condição e explicar tal sentimento.
Não quero saber em que ponto chegamos e onde vamos, não quero mais saber do que sinto, quero sentir e pronto! Sentir o amor em forma de abraço é o que eu preciso dela.
Por que explicar os porquês de amar?

"E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace..."

“Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Porque que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar?”
(O Teatro Mágico)

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